Olá, famílias e amigos! Hoje, vamos abordar um tema importante e esclarecedor: a lipomielomeningocele. Como neurocirurgiã pediátrica, é minha missão fornecer informações acessíveis e criar uma atmosfera amigável para que todos se sintam confortáveis em entender este diagnóstico.
O que é a Lipomielomeningocele afinal?
A Lipomielomeningocele é um tipo de disrafismo espinhal oculto, caracterizado pela falha de fusão dos corpos vertebrais, sem exposição do tecido neural. Existem três tipos principais: Dorsal, Transicional e Caudal ou terminal (consulte Pang para mais detalhes).
Como diagnosticamos esse quadro?
Os marcadores de disrafismo espinhal oculto incluem coxins adiposos subcutâneos, fenda glútea assimétrica, covinhas atípicas, manchas pilosas, hemangiomas, caudas e massas. A ressonância magnética é a modalidade de imagem preferida, permitindo a avaliação de todo o eixo espinhal em busca de outras anormalidades, como Chiari e siringomielia. Além disso, testes neurofisiológicos pré-cirúrgicos, como urodinâmica e eletromiografia, são utilizados para avaliar funções urológicas e neurológicas.
Quando é a hora certa para a intervenção cirúrgica?
O momento da cirurgia é um tema debatido, mas muitos profissionais defendem a abordagem antes da deterioração. Cada caso é único, e a decisão deve ser tomada individualmente em consulta com o neurocirurgião pediátrico.
Qual é o objetivo da cirurgia?
A cirurgia visa interromper a deterioração progressiva. Embora déficits fixos raramente melhorem, os progressivos têm uma melhoria leve. A continência urinária é mais provável de ser preservada em crianças operadas antes de 1 ano de idade.
Como é realizada a cirurgia?
A intervenção envolve a remoção do tecido lipomatoso com preservação de elementos neurais, identificação do defeito na fáscia lombossacral para liberação de amarração lipomatosa, possível liberação do filum terminale e prevenção do reancoramento da medula espinhal. O monitoramento neurofisiológico intraoperatório é essencial em casos mais complexos.
Quais são os principais riscos?
Embora fístula liquórica, infecção de ferida operatória, sangramento e déficits neurológicos sejam possíveis, essas manifestações não são frequentes.
E o pós–operatório?
O período pós-operatório é personalizado, mas geralmente inclui cerca de 3 dias de decúbito ventral, 1 dia em decúbito lateral e 1 dia em
decúbito dorsal. Após esse período, avaliamos a deambulação, com possível alta nos dias seguintes. O cateter vesical é frequentemente mantido enquanto o paciente está deitado, e uma ressonância magnética lombar é obtida aproximadamente 3 meses após a cirurgia.
Estou aqui para responder às suas perguntas e apoiar sua jornada. Juntos, enfrentamos desafios e promovemos o bem-estar das nossas crianças!