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Lipomielomeningocele

Olá, famílias e amigos! Hoje, vamos abordar um tema importante e esclarecedor: a lipomielomeningocele. Como neurocirurgiã pediátrica, é minha missão fornecer informações acessíveis e criar uma atmosfera amigável para que todos se sintam confortáveis em entender este diagnóstico.

O que é a Lipomielomeningocele afinal?

A Lipomielomeningocele é um tipo de disrafismo espinhal oculto, caracterizado pela falha de fusão dos corpos vertebrais, sem exposição do tecido neural. Existem três tipos principais: Dorsal, Transicional e Caudal ou terminal (consulte Pang para mais detalhes).

FONTE: https://mieloblog.com.br/lipomielomeningocele-o-que-e/

Como diagnosticamos esse quadro?

Os marcadores de disrafismo espinhal oculto incluem coxins adiposos subcutâneos, fenda glútea assimétrica, covinhas atípicas, manchas pilosas, hemangiomas, caudas e massas. A ressonância magnética é a modalidade de imagem preferida, permitindo a avaliação de todo o eixo espinhal em busca de outras anormalidades, como Chiari e siringomielia. Além disso, testes neurofisiológicos pré-cirúrgicos, como urodinâmica e eletromiografia, são utilizados para avaliar funções urológicas e neurológicas.

Quando é a hora certa para a intervenção cirúrgica?

O momento da cirurgia é um tema debatido, mas muitos profissionais defendem a abordagem antes da deterioração. Cada caso é único, e a decisão deve ser tomada individualmente em consulta com o neurocirurgião pediátrico.

Qual é o objetivo da cirurgia?

A cirurgia visa interromper a deterioração progressiva. Embora déficits fixos raramente melhorem, os progressivos têm uma melhoria leve. A continência urinária é mais provável de ser preservada em crianças operadas antes de 1 ano de idade.

Como é realizada a cirurgia?

A intervenção envolve a remoção do tecido lipomatoso com preservação de elementos neurais, identificação do defeito na fáscia lombossacral para liberação de amarração lipomatosa, possível liberação do filum terminale e prevenção do reancoramento da medula espinhal. O monitoramento neurofisiológico intraoperatório é essencial em casos mais complexos.

FONTE: OPERATIVE TECHNIQUES IN PEDIATRIC NEUROSURGERY

Quais são os principais riscos?

Embora fístula liquórica, infecção de ferida operatória, sangramento e déficits neurológicos sejam possíveis, essas manifestações não são frequentes.

E o pósoperatório?

O período pós-operatório é personalizado, mas geralmente inclui cerca de 3 dias de decúbito ventral, 1 dia em decúbito lateral e 1 dia em

decúbito dorsal. Após esse período, avaliamos a deambulação, com possível alta nos dias seguintes. O cateter vesical é frequentemente mantido enquanto o paciente está deitado, e uma ressonância magnética lombar é obtida aproximadamente 3 meses após a cirurgia.

Estou aqui para responder às suas perguntas e apoiar sua jornada. Juntos, enfrentamos desafios e promovemos o bem-estar das nossas crianças!

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